A música de vangaurda para onde vai?

 


            Dodecafonia, atonalidade, compassos alternados. Temos aqui o baterista alemão Christian Lillinger e esse grupo de jazz genial. 

            Para muito avançado e moderno. mas esse é o nível de complexidade técnica que a música atingiu lá por volta de 1950. Não sei o que está acontecendo hoje. Claro tem muito bobalhão que grava só barulho achando que é vanguarda.

        A uns anos um caboclo me mandou uns vídeos de uns grupos de Cold Meat Industry tipo Ordo Rosarius Equilíbrio. 


        É... é algo diferente. Mas nada mais é que um new age invertido. Ao invés de ter notas mais altas e texturas suaves tem uma "imagem" "maligna". Tecnicamente não supera em inovação o que já fora criado no ínicio do século XX, exceto pelos instrumentos, texturas e meios sonoros. Mas também não sei se tem muito para onde ir. O John Cage, que é a vanguarda mais recente que conheço chegou a tal ponto de fazer silêncio.



        Logo, me parece que para além de compassos complexos, escalas atonais, sons diversos, animais, barulhos biológicos, motores, não tem muito para onde ir.

    


         Os caras do serialismo, minimalismo, dodecafonismo, música eletrônica (Stockhausen) esgotaram as possibilidades.

        




        Deve ter coisas do tipo hj. Mas não temos acesso... não sei, não conheço. Sempre tem uns malucos explorando coisas novas...

        Um amigo disse que fez uma vez uma aula grátis de música, de blues... uns 4 ou 5 dias. O professor mostrou uma música que ele estava fazendo, completamente "sem sentido" para ele que é leigo.

        O que digo é que é muito difícil ter algo muit "novo" ou diferente do que já tinha sido proposto lá no início do século XX.

        Stockhausen, Stravinsk, Schoenberg, os caras do serialismo etc, não sei se surgiram músicos que superaram eles.

        Você tem coisa doida e inusitada, tipo "Damião experiença", que é uma música irreverente.


            No Brasil tivemos um surto lá nos anos 90, "Os mulheres negras", esse Damião, o próprio Skylab, depois o André Ambujanra ( filho do Antônio lá do Provocações da TV Cultura) fez o Karnak.



            Música levemente atonal, compasso alternado, e por aí vai e em alguns momentos sem letra, só ele falando qualquer coisa sem sentido parecendo russo.

        O Karnak é legal, é acessível a maioria das pessoas, mas tem coisa que é só uma experiência sonora, não é música para entretenimento.

            O Stravinsk está no limite entre a técnica absurda e o entretnimento. Ouça aquele balé dele, A sagração da primavera. Muito bom, mas está alí no limite. A maioria das pessoas não compreende, mas leigos como nós até sacam o que está ocorrendo.

    
               O fato é que até toleramos uma atonalidade de leve, tipo bossa nova, um compasso diferente, como em Money do Pink Floyd. Mas todo mundo gosta mesmo é de música com estrutura clássica, com tom, com um ritmo tranquilo e compreensível. Podem até inventar novas técnicas ultramodernas de música, mas o básico ainda prevalece. 



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