TOMA RÉGIS TADEU.

             Ele apareceu no limiar do século XXI. O entendedor de música, o cara que manja de rock, boa música e LPs. O terror dos funkeiros e de qualquer música que faz sucesso que não seja de seu gosto, o dono de um canal até grande no Youtube que se apresenta como amargo, mau humorado e profundamente racional e cheio de verdade, Régis Tadeu.

                    


                Ele apareceu primeiro numa entrevista esquecida no Jô Soares como colecionador de discos de vinil.

        Logo em seguida ele foi cooptado por Raul Gil e lá se tornou o terror do funk. Muito hábil em ridicularizar mulheres de pouca escolaridade e de uma sensualidade fora do alcance de muitos homens, Régis fez fama.

        Na internet ele trabalha para o Yahoo e protagonizou umas das cenas mais famosas da internet, seu embate com fãs do Manowar, banda que ele execra. Para Tadeu, Manowar é uma péssima banda e seus fãs idiotas. Aliás, alí nasce seu jargão “todo fã é um idiota”.
    

            Ah, aí ele se coloca num pedestal elevado, diriam alguns arrogante. Para Régis todo mundo que ama uma banda ou artista é uma pessoa de pouca inteligência, incapaz de discernir o que é bom ou ruim. Sendo assim, para isso existe ele, Régis Tadeu, “o crítico” capaz de lhe dizer o que é o que não é bom para ser ouvido. 
               Fora da tv aberta ele migra para o Youtube. Na plataforma embala no nascimento de canais que falam de música e rock como Kazagastão e Music Thunder Vision. No canal do Youtube ele inicia a construção de sua fama atual. A partir daí o que temos é o surgimento de uma personagem mítica. Música de qualidade, ele manja, dando curiosidades que só ele sabe, retiradas sabe-se lá da onde. Algumas nem nas biografias das bandas consta, mas ele é a verdade. Opiniões e mais opiniões, na maioria das vezes negativas, massacrando artistas do funk, do axé e por aí vai. Ele está certo, existe uma legião de haters na internet que adoram odiar e fazer juízo. Na maioria dos casos homens que odeiam o funk e que não sabem ficar quietos na sua ouvindo um álbum conceitual. A esses indivíduos é necessário xingar, odiar etc. Em Régis Tadeu esse tipo reacionário encontra um escape. Anita é um de seus alvos prediletos. Como se a funkeira estivesse preocupada em lançar uma ópera rock. 
Recentemente um dos alvos de seu verbo odioso foi o Cold Play. Sim, ele odeia, e boa parte de seus seguidores também. Pouca testosterona não é? No ato de odiar ele consegue agregar até fãs de Manowar. O mais legal foi sua segunda invertida, dessa vez muito mais elegante e nada violenta comparada com o dedo apontado na sua cara pelo fã do Manowar.
Ele foi convidado para o show e se encontrou como vocalista Chris Martin.

        Elegantemente o famoso artista lhe manda na lata que não liga para sua opinião, demonstrando quem realmente é relevante.
            Após isso, para disfarçar a obrada que levou, faz uma resenha do show e obviamente diminui a competência da banda. Chato, música ruim? Você pode até não gostar, mas uma banda que lota um estádio e manobra uma massa em uma coreografia incidental pode ser tudo menos chato, medíocre etc. 
               Para sorte de Régis Tadeu muita gente vem se manifestando contra suas declarações e sua pessoa, o que para ele é ótimo. Recentemente o preparador vocal Leadro Voz também falou contra Régis Tadeu.
            O fato é que Régis Tadeu capitaliza em cima do ódio, da inveja, da crítica destrutiva. Não sabemos se é isso mesmo que ele pensa ou vive. Fato é que muitos estão respondendo. Esse que vos escreve mesmo até tenta assistir alguns de seus vídeos, é tão legal falar de música não é? Mas não consigo mais. É uma empáfia e um desprezo por pessoas que não desce. Ele até deixa claro que não tem nada contra as pessoas e sim pela obra delas. Mas não é assim que seus espectadores veem. Fica apenas o ódio e a crítica destrutiva. 
            Eventualmente ele coopta para seu circo de arrogância o produtor Paulo Baron. Esse, mais comedido, vez ou outra solta uma pérola, como quando ficou chocado com as camisetas piratas vendidas no show do Iron Maiden em Curitiba. Pobre do Iron Maiden não é, aqueles camelôs realmente empobreceram o Steve Harris. 
            Todo ser humano deve ser respeitado. O Régis merece. Que ele continue a ganhar dinheiro com seu canal do Youtube. Só é uma pena que ele tenha que fazer isso alimentando uma massa de gente que ama odiar. Seus vídeos mais vistos são exatamente aqueles em que ele destila desprezo e ofensas (refinadas sim) a Anita, Ive Sangalo etc. No final das contas tudo é lamentável e cômico.

    

Comentários