Os merdilheiros.

Imagine uma nação hipotética chamada merdilheiros. Essas criaturas viveriam num país repleto de burrice, ignorância e violência chamado merdil (minúsculo mesmo, eles são analfabetos). Imagine também que o autor deste texto trabalhou mais de vinte anos como professor dos merdilheiros. Sim, da classe média alta à mais pobre e necessitada. Este é um ensaio de como seria a vida dos merdilheiros no merdil.


    


Falsa alegria.


Fazendo festa sempre que possível, rindo alto, praticamente aos berros, sempre zombando e fazendo piadas de tudo. Alguns poderiam afirmar que os merdilheiros são um povo feliz, alegre e acolhedor. Ledo engano, não é nada disso. O que move o merdilheiro não é nada próximo ao altruísmo, simpatia, educação, nada de bom. O merdilheiro age essencialmente pelo egoísmo. Os menos desgraçados agem motivados pela culpa, nada além. Tentam ser agradáveis e alegres na tentativa de compensar toda a desgraça que propagam. É culpa pelo ódio e vilania essencial de sua essência.

       Há menções de que eles recebem bem os estrangeiros, sempre com alegria acolhem todos de fora. Mas é exatamente isso que marca profundamente o seu egoísmo e mesquinharia. Essa é a primeira característica do merdilheiro, o interesse egoísticamente profundo e fácil. Agradam os estranhos na verdade buscando receber em troca algum retorno positivo, um elogio, um afago. Arrancando o máximo possível do visitante, o merdilheiro não mede esforços para merecer isso. Ele se entrega, se vende, trai sua própria espécie, rasteja como um verme. Se explora e explora tudo e a todos ao seu redor em troca de um sorriso sequer de um europeu, ou melhor ainda um estadunidense. Não, reitero, não são só os merdilheiros pobres e ignorantes assim não. Ricos e educados se vendem aos gringos em eventos esportivos, artísticos e até acadêmicos.

  Um merdilheiro só conhece a exploração.


Egoísmo profundo e imediato.


Desprezando profundamente a própria espécie o merdilheiro se apraz do estrangeiro, geralmente branco e rico. O agrada, o mima, e cede a ele tudo o que tem de bom na busca de um reconhecimento. Seria mais simples falar complexo de vira latas mas é bem mais profundo. Porque um cão vira latas, espécime que se encontra alguns degraus acima na escala evolutiva em relação ao merdilheiro, pode até te agradar, se divertir com você sendo um completo estranho a ele, mas não permite que este estranho o agrida, o prejudique, o moleste. Já o merdilheiro permite tudo, cede suas riquezas, o corpo de suas filhas ainda crianças, o cadáver de seus meninos que traficam para fornecer divertimento ao estrangeiro. Por que ele faz isso? Um egoísmo tão profundo e enraizado, plantado e cultivado por séculos de exploração de diversas nações. Escravidão, roubo, violência, ignorância. O merdilheiro se destrói completamente para receber o estrangeiro em troca de um sorriso, ou um elogio que seja. É a mãe que espanca o filho por não agradar a visita, ou o amante. É o representante do povo que ordena chacina na favela para que os filhotes machos de merdilheiros não roubem os visitantes. É o representante político que vende muito barato escolas, rodovias, florestas, tudo para ser chamado de gente por um ser humano do hemisfério norte.

Esta é a essência do merdilheiro.



        


Egoísmo e burrice.


O merdilheiro é egoísta e burro, profundamente e de maneira irremediável. Vamos comparar com uma nação real. Pegue por exemplo os países desenvolvidos. Porque lutaram por justiça social, educação pública, saúde etc? Não, não são altruístas, são egoístas também. Mas perceberam que para cada indivíduo daquela sociedade viver bem era necessário que todos na sua proximidade vivessem bem também. Isso é um egoísmo inteligente. Já o merdilheiro não. 


Como vermes autodestrutivos vivendo num poço de egoísmo e miséria, atacam uns aos outros. Não querem o bem comum para que todos vivam bem. Ao contrário de nações com inteligência superior a de macacos (sim, imagine que os merdilheiros tem um QI de 84, impossível existir isso não é?) os merdilheiros lutam para que o próximo esteja pior que eles, e não para que ele mesmo esteja melhor e puxando os outros para uma condição superior.


Este que vos fala os observou em sua vivência e no trabalho em sala de aula, do fundamental à pós-graduação, um egoísmo explicito do merdilheiro. O merdilheiro não tem senso de justiça. Ele tem um senso de egoísmo. Sempre, inelutavelmente, ele pensa em si mesmo. Por centenas de vezes este que vos escreve inquiriu os merdilheiros sobre seu senso de justiça, de preocupação com o próximo, nunca um merdilheiro ou merdilheira disse se preocupar com a coletividade, sempre em si mesmo.



        



Ódio mútuo.


O resultado é isso. Os merdilheiros se odeiam. Não se deixe enganar pela festa e falsa alegria. Aquilo tudo não passa do esforço incansável do merdilheiro em satisfazer seus interesses. Eles não estão reunidos rindo em coletivo. Estão usando uns aos outros para satisfazer suas intenções. E assim que o merdilheiro que ele usa perde essa função é descartado. Imagine que absurdo seria um ajuntado de criaturas que se parecem com gente, merdilheiros, com a estatística de que para cada 100 casamentos 47,7 resultam em divórcio. O que isso indica? Que o casal de merdilheiros se une com um objetivo egoísta. Usam-se mutuamente e assim que a vantagem da união acaba eles se largam. E largam mesmo. Abandona-se filhos, tudo. As mães merdilheiras cessariam o abandono de seus filhos por conta de um governo, essencialmente merdil, que criou uma lei nefasta que obrigava o estado a pagar certa quantia em dinheiro para as merdilheiras que mantivesse a guarda da cria e assegurasse sua matrícula numa escola, num esforço em vão e inútil de reduzir o QI de macaco dos merdilheiros. 


E não, não pense que tal estatística se aplica exclusivamente aos merdilheiros pobres. A promiscuidade, o interesse, o egoísmo, a mesquinharia teria sido amplamente observada em classes mais abastadas. Homens e mulheres do merdil agem dessa forma não por sua pobreza mas pelo seu caráter de merda mesmo.


O resultado disso? Um ajuntado de criaturas que se odeiam. Não há adjetivo ou substantivo comparativo para um merdilheiro. Imagine uma criatura humanóide, porém com traços de vermes, que se autodestroem mutuamente e incessantemente. Esse é merdilheiro. Odeiam-se, querem sempre o pior uns para os outros. Daí seu refestelo com a desgraça dos seus iguais. Imagine que os merdilheiros, apesar de serem tão burros quanto símios, tivessem acesso a internet. Nas redes sociais é possível ver como os merdilheiros se aprazem da desgraça mútua. Riem, se refestelam da tragédia que acomete seus iguais.


 Em caso de acidentes, violência publica, por mais encarniçada que seja, os merdilheiros se aglomeram. Não ajudam, não fazem nada de útil. Apenas se alegram fazem a catarse da desgraça que tanto amam. Em alguns casos, sempre que possível, roubam e saqueiam a vítima, mantendo viva sua tradição de auto benefício. O sofrimento do próximo é o que de mais caro existe para um merdilheiro.



        


Ódio aos professores.


Mas, imagine, que existisse uma classe dentro da espécie dos merdilheiros capaz de resgatá-los dessa condição miserável? Eles a odiariam mais ainda. Porque o merdilheiro espera que num passe mágica todo o estrume que engolem e no qual chafurdam venha a sumir. O professor não propõe isso. O professor tenta ensinar o merdilheiro a não amar a merda, a vir a se tornar um ser humano, educado, com um mínimo de intelecto, capaz de transformar sua realidade. E é exatamente aí que nasce o ódio do merdilheiro. Não há nada que ele mais odeie que um intelectual. Um indivíduo que prove, demonstre, de maneira inexorável que sua conduta mesquinha, egoísta e imunda está errada. Lembre-se, a essência do merdilheiro é o egoísmo. Sendo assim, se educar implicaria no mínimo de autocrítica. 


Imagine um talk show famoso entre os merdilheiros. Nesse talk show seu apresentador, um merdilheiro que se disfarça de ser humano, convidou um personagem da internet e notou-se que em toda a entrevista o que realmente lhe interessou foi um quadro no qual o entrevistado zombava da máxima de sócrates “conhece a ti mesmo”. É isso, nada mais insultante e inaceitável para um merdilheiro do que conhecer-se a si mesmo. O espelho não é capaz de entregar ao merdilheiro sua verdadeira descrição. Somente um esforço filosófico de auto conhecimento seria capaz. Mas isso é inaceitável ao merdilheiro. Logo, qualquer um que lhe ensine a pensar, a refletir, ou a ter um minino de senso de alteridade, de consideração pelo próximo, será imediatamente alvo do mais profundo, violento e sincero ódio do merdilheiro.





Ódio ao servidor como enfermeiro, agente de saúde etc.


O mesmo vale para qualquer um que faça o bem para os merdilheiros. Mesmo sendo beneficiado por um serviço público ele odeia quem o faz. Ele odeia o fato de tal serviço lhe ser dado gratuitamente pelo estado. Isso porque o serviço público lembra de maneira inexorável ao merdilheiro que ele é pobre, mesmo não fazendo absolutamente nada para sair dessa condição. Ele odeia enfermeiras por exemplo. O merdilheiro vê em seu serviço algo barato, que ele mesmo poderia fazer. Mas, ele odeia o fato de que esse servidor tem uma remuneração superior a sua renda. Ele queria que o enfermeiro por exemplo fosse tão miserável quanto ele, ou mais pobre do que ja é a ponto dele poder pisar como a um escravo, no caso da classe média. Qualquer um que faça um serviço social é alvo do ódio do merdilheiro. A essa espécie só a desgraça coletiva importa ou aquilo que satisfaça seus desejos mais inferiores e carnais.





Apreço a polícia.


Mas, imagine nessas formas de vida impossíveis que ao mesmo tempo em que há o ódio a servidores, professores etc eles admirem os policiais. Como e por quê? Não, não é porque o policial promove o bem comum, isso a eles não importa. É a violência. Este que vos escreve conversou várias vezes com policiais. Todo merdilheiro assim que se depara com eles a primeira coisa que fazem é olhar para a arma de fogo. É uma atração pela violência, pela possibilidade de executar seu igual amparado pela lei. Portanto quase nunca há indignação dos merdilheiros diante de notícias de policiais seja por qual motivo exageraram na força de repressão. Muito pelo contrário. Ao merdilheiro isso o apraz. É uma catarse, um refestelo de prazer em ver a violência. Mas não uma violência de um merdilheiro contra outro. Uma violência partindo de um agente que a faz amparado pela lei. É seu sonho, poder bater, espancar, matar e ainda ser pago por isso. Se bem que quando há notícias de criminosos cometendo assassinatos contra criminosos os merdilheiros também gostam. Mas não falam muito. O merdilheiro, há que se ressaltar a tempo, tem vergonha de ser o que é. Por isso ele não se orgulha do crime. Seu sonho é ser policial para espancar e matar. E muitas vezes consegue. Talvez seja daí a estatística de que a política merdilheira é a que mais mata mas também a que mais morre. É formada por merdilheiros. 


E em tudo é assim no merdil. Os professores são merdilheiros, não querem que os merdilheirinhos saiam da miséria. Os enfermeiros fazem o mínimo possível e etc. É um poço de vermes que se auto destrói.






Admiração ao político e ao pastor.


Há ainda mais duas classes de agentes públicos que o merdilheiro admira, o político e o pastor. Eles sabem que ambos roubam o merdil, se beneficiam escusamente do tácito QI símio dos merdilheiros. Ora, é exatamente por isso que admiram. Os merdilheiros mais fracos, incapazes de praticar a violência, não por serem educados mas por sua fraqueza mesmo, sonham em fazer exatamente o que essa classe faz. Roubar sem ser criminalizados. Porque uma coisa nessa sociedade hipotética que é essencial também é a cultura do roubo. O merdilheiro rouba, é ladrão, não respeita a propriedade privada. Quando ele vê um político ou pastor pegando grandes quantidades de dinheiro público sem serem punidos o coração do merdilheiro se enche de alegria e esperança. Esse é um dos sonhos do merdilheiro, o outro é ser policial. Agora, quando aparece um político que promove a violência, ou um pastor que fala em exército e apoia assassinatos em massa, aí o merdilheiro encontra seus heróis. 


No caso dos políticos ele os elegem frequentemente, é uma barbada sempre. De um lado os políticos merdilheiros que sabe-se que irão promover ou o autofavorecimento ou a violência contra os próprios merdilheiros e o autofavorecimento. Do outro tem-se políticos merdilheiros que por seu egoísmo e vaidade lhes apraz parecerem heróis de verdade, pregando igualdade, justiça etc. Estes raramente ganham apoio. Isso porque pregam aquilo que o merdilheiro mais odeia, o bem estar comum. Não é a toa que durante toda a existência do merdil onde se carcomem os merdilheiros só 2% do total de tempo de sua história é de democracia. O resto é autoritarismo, anomia, autocracia e o mais puro estado de violência de todos contra todos. Mas aí você perguntaria, nessa sociedade hipotética então ocorreram pelo menos 2% de vida decente? Não, ocorreu um faz de conta, e é exatamente desse período de faz de conta de decência que falamos. Imagina como foram os outros 98%?


Mas, e os "homens de Deus"? Ora, para um merdilheiro valores como humildade, decência, caridade, doar-se ao próximo são abjetos. Um merdilheiro quer mesmo um pastor que ostente riqueza e que apoie seus instintos de odiar e desprezar os fracos e necessitados. Por isso ele mesmo sabendo que o pastor é um pilantra o apoia. Porque no seu lugar ele faria exatamente o mesmo quiçá pior.



E você perguntaria, mas quem criou tal espécie abjeta? Um povo europeu que muitos criticam e acusam de serem inferiores. Mas não são. Eles ao colonizar e criar o merdil favoreceram seu próprio povo, seu país. Isso é muito diferente do merdil e do merdilheiro que destrói a si e ao merdil. O povo que colonizou e criou os merdilheiros teve um senso cruel ao planejar tamanha besta violenta e burra, mas não o fez com seu próprio povo, que é um povo, ao contrário dos merdilheiros. Tanto que nesse mundo hipotético os merdilheiros vivem tentando fugir para esse país em busca de condições de vida que escapem a essas características merdilheiras aqui descritas.


O merdilheiro é isso, uma criatura desprezível, egoísta, que disfarça seu ódio e mesquinharia em alegria, juntando tudo isso a uma burrice patológica que parece não ter cura.



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